SP ARTE 2020 Viewing Room
Choque Gerando Luz
O conjunto de obras e registros apresentados aqui nesse sítio para a SParteVR 2020 representa a diversidade e força das novas linguagens contemporâneas frente a um mundo em revolução. A Choque Cultural vem pesquisando há mais de quinze anos, as demandas, críticas e inspirações vindas das novas gerações e proposto novas experiências e abordagens que alcancem esses novos públicos e questões. Através de um grupo coeso de artistas e seus projetos artísticos inovadores, a Choque tem conquistado novos mercados formados por investidores com propósitos que incorporam os valores sociais que melhor retratam nosso tempo: inclusão, representatividade e participação colaborativa. Alê Jordão, Coletivo BijaRi, Daniel Melim, Jaca, Mariana Martins, Narcélio Grud, Rafael Silveira & Flávia Itiberê, Sérgio Adriano H e Tec formam um time bem diverso mas com propósitos condizentes com o dinamismo do mundo atual.
A exposição virtual aqui apresentada expõe objetos e conceitos que formam um amálgama potente e livre de clichês. Narrativas que incorporam as mais diversas vivências e influências vindas não apenas da história da arte, como também dos ambientes mundanos e cheios de futuro, encontrados nas ruas e internets. Os artistas têm em comum, além da visão afinada com o presente/futuro do qual estamos falando, a ambiguidade midiática derivada da permanente experiência com novas linguagens, técnicas e suportes, da arte urbana à digital, da tatuagem ao drone-vídeo, das miniaturas aos mega-murais.

ALE JORDÃO, Bolha Neon, 2020. Escultura eletrificada em vidro, gás luminoso e acrílico, 80 x 110 (diâmetro) cm, R$31.000
“Bolha Neon” é uma escultura de neon acomodada dentro de uma cúpula de acrílico transparente que tem o fundo espelhado. Essa combinação de materiais multiplica o efeito visual da escultura e cria uma ilusão óptica que amplia o reflexo do neon iluminado. É uma obra que pode ser instalada ao ar livre, num jardim, por exemplo.

ALE JORDÃO, ‘Robocop’, objeto escultural autômato com sensor Dimensões: 40cm (diâmetro) x 50cm (altura), R$17.000
‘Robocop’ é um headmade que ressignifica um aspirador de pó caseiro, que utiliza sendor para desviar-se dos moveis da casa. Sem eliminar sua real utilidade, que é limpar, Jordão se apropria do objeto autômato para construir sua escultura móvel interativa, que representa uma bússola que renomeia os pontos cardeais com as letras F, U, C e K.

ALE JORDÃO, 2020 ‘Anagrama Dream_Merda’. Objeto interativo, políptico com cinco tijolos de vidro gravados com estêncil, 20 x 100 x 10 cm, R$17.000
‘Dream-Merda’ é um objeto interativo formado por tijolos de vidro com letras gravadas. O conjunto forma o anagrama DREAM/MERDA, dependendo de como você articula as letras para formar as palavras. Apesar de mais conhecido pelas obras em neon, a essência da sua pesquisa é a palavra, que nessa obra surge “desplugada”.
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BIJARI, ‘Carro Verde’, 2020. Veículo automotivo transformado em floreira, 220 x 200 x 400 cm, R$ 50.000
‘Carro-Verde’ faz parte de uma série de intervenções urbanas que tem o propósito de transformar carros abandonados em floreiras, ou seja, transformar descarte em mobiliário urbano. A peça apresentada aqui é uma versão com gráfica optical – própria da fase atual do BijaRi – e se refere a questões do urbanismo verde.
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‘Opressão/Emancipação’ é uma pintura em que Melim discute a manipulação generalizada da imagem feminina na sociedade de consumo. Esse é um assunto recorrente na pesquisa do artista, ao lado de outros temas relacionados aos direitos humanos. Na fase atual, Melim tem se apropriado das distorções, repetições, glitches e outros “defeitos digitais” em sua pintura com estêncil.

DANIEL MELIM, ‘Street Art Cook Book’, 2020. Acrílica, látex e spray sobre tela, 250 x 200 cm, R$ 39.000
‘Street Art Cook Book’ é uma pintura na qual Melim explora o humor típico da stencil art e revela, com sabor, a vivência do artista com grandes nomes da sua geração, principalmente em Londres, local onde Melim participou de vários projetos, inclusive o célebre Cans Festival, organizado pelo artista Banksy e no qual, Melim expõe sua instalação lado a lado com o próprio. Voltando à tela, Street Art Cook Book é uma ode à técnica de graffiti que inspira Daniel Melim desde o seu início de carreira e, ao mesmo tempo, mostra um nível de elaboração plástica que transcende a estética do graffiti ainda bem marcada em seus pares britânicos, mas que na complexa pintura de Daniel Melim é apenas uma das inúmeras referências que se entrelaçam e se comunicam.
‘Distor’, nessa peça, Melim da início a uma nova experiência de coloração que remete aos lambe-lambes e à gráfica popular usadas em propaganda e publicações baratas dos Anos 70 e 80, principalmente. Apesar do artista se valr exclusivamente da técnica do estêncil (máscaras recortadas e pouchoir), as imagens reproduzem as distorções e irregularidades típicas das impressões em off set rudimentar, serigrafia, xerox e letterpress.
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‘Primavera’ marca a força da dupla formada por Flávia Itiberê e Rafael Silveira. A obra é um desenho feito por Silveira e bordado por Itiberê, um objeto delicado, mas impactante. O casal começou a produzir a já longa série de bordados há cerca de cinco anos e as obras resultantes têm tanta personalidade quanto as pinturas a óleo de Silveira. As imagens e ícones criados por Silveira têm autonomia para serem representados através de múltiplas mídias sem perder sua identidade. Através dos bordados de Itiberê, eles ganham um dramatismo exuberante e denso que se prende ao emaranhado de fios coloridos.
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“Imagens Ilustrativas” é uma pintura na qual estão presentes os elementos mais característicos do artista: uma coleção de figuras icônicas locadas em situações irônicas. Nessa tela, Jaca pinta com vagar e delineia com precisão cada elemento criando uma composição que dialoga curiosamente com o superflat de Murakami
‘Salva-Sad’ apresenta uma composição muito intrincada e abundância de contrastes gráficos. É uma pintura com generosas camadas nas quais se sobrepõem elementos com finas e precisas linhas, figuras humanóides-geométricas, planos-sequência comuns aos “quadrinhos” enfim, uma profusão riquíssima de referências gráficas que se originam no contexto da impressão popular e da grafia vernacular.
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Mariana Martins, ‘São Francisco Inundada’, 2020, escultura com peças de Lego e resina vitrificada, 30cm (comprimento) x 10cm (profundidade) x 20cm (altura), 7.000
‘São Francisco Inundada’ é um objeto escultórico produzido com peças do brinquedo Lego e resina colorizada e moldada. A imagem representa a cidade de Los Angeles inundada por alguma hecatombe futura, consequência das transformações climáticas decorrentes do aquecimento global. A obra é uma crítica ao consumismo que leva a humanidade a esse extremo.

Mariana Martins, ‘New York Inundada’, 2020, escultura em plástico e resina vitrificada, 30 x 30 x 30 cm, R$7.000
‘Nova Iorque Inundada vs Lego’ é um objeto escultórico da série ‘Aquecimento Global’ . A obra faz alusão às consequências do aquecimento global e as relaciona ao consumismo generalizado na sociedade contemporânea. A imagem da cidade de Nova Iorque é uma assemblage produzida com peças de plástico (peças brinquedo Lego) inseridas em resina vitrificada e policromada.
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Narcélio Grud, ‘Esperançar’, 2020. impressão fotográfica em metacrilato, 100 x 70 cm, 6 cópias, R$6.000 100x70x2 cm R$ 6.000.00
‘Esperançar’ é uma fotografia que registra uma instalação realizada em Fortaleza, Ceará, pelo artista Narcélio Grud em 2020. A instalação é formada por uma estrutura metálica que suporta um pedaço de telhado de barro. São três construções semelhantes compostas num terreno de 90 metros quadrados que se forma entre o mangue e as dunas da Praia do Futuro. Uma crítica à especulação imobiliária inescrupulosa que acontece na região.
A Roda Dhamma é uma escultura sonora e interativa, na qual pequenas esferas metálicas correm dentro de tubos e batem em placas que emitem sons de notas musicais. A escultura tem um desenho que se referencia à roda de Duchamp e discute a participação da audiência no processo criativo que ocorre depois que a obra é instalada e passa a ser manipulada pelo público.
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“Ampulheta” é uma categoria de obra que acontece na intersecção entre a pintura e a escultura. A pintura está contida dentro de uma suposta moldura que é deformada a ponto de criar uma figura de ampulheta. A pesquisa de Silveira radicaliza questões apresentadas por surrealistas, como Dali e Magritte.
“Insight” é uma pintura à óleo da extensa série de “desretratos” do artista Rafael Silveira. Nessa obra, o pintor apresenta uma figura formada por imagens simbólicas intrincadas, típicas do seu imaginário, que serpenteiam pela tela criando uma visão onírica enraizada e que nos conduz a lugares surpreendentes em seu movimento ascendente.
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Sérgio Adriano H, ‘Arte no Brasil Negros, 2019, Livro Arte no Brasil cortado a laser com a palavra NEGROS, 29 X 25 x 4 cm, R$5.000 25x29x4 cm R$ 5.000.00
Livro Nesse livro-objeto “História da Arte” , Adriano expressa eloquente indignação contra as estratégias de poder baseadas na repetição de falsas verdades. Através de obras cheias de ironia, sarcasmo e humor ácido, o artista desvenda o real sentido de expressões populares e palavras cujo sentido é deturpado pelo racismo estrutural, como a palavra NEGRO, que ainda hoje, em dicionários de língua portuguesa, é associada à maldade e ao terror.

Sérgio Adriano H, 2018. ‘Preto’ (da série Palavras tomadas), impressão fotográfica em metacrilato, 80 x 120 cm, R$6.000 Sérgio Adriano H 80x120x1 cm R$ 6.000.00
Sérgio Adriano H | Série Palavras Tomadas – Preto | 2018 | Vídeo | 1’23
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Brexit Al Sur’ é uma pintura na qual o artista usa o tempo para discutir a questão da urgência. Vivemos num mundo onde tudo parece urgente, inclusive a própria sobrevivência do planeta. Tec resolveu nessa obra, gravar um vídeo (em time lapse) onde ficou gravada a gestualidade viva, a rapidez de toda a ação, como uma pintura performática, na qual o tempo é o ponto de partida e chegada.
Tec, ‘Escalador’, 2019, vídeo animação em 24 quadros, 10 segundos, filmagem realizada com drone, R$5.000
“Escalador” é uma animação que registra um desenho realizado no chão de uma rua. A animação foi filmada em 24 quadros com uma câmera associada a um drone voando a cerca de 50 metros de altura. O vídeo tem formato horizontal, 10 segundos, para ser apresentado em looping aparentando movimento infinito. Foi lançado na plataforma Instagram (em formato quadrado).
Veja aqui catálogo completo de obras TEC